Lá fora, a chuva em monótonos versos, declama uma poesia,
Melancólica, sem rimas, escrita em prantos caídos do tempo
As horas se arrastam lentas, chorosas, ritmadas no mesmo tom
Fazendo da tarde uma história triste, sem luz, de apenas um som
O vento em loucura aparente se faz fantasma em dementes uivos
E os trovões, histéricos, voz rouca, ecoam em atrevidos gritos
E as plantas se agitam frenéticas pelo desespero de não poder,
Arrancarem-se da terra, e livres, da tempestade, poder correr
E a chuva continua, em tormentosos prantos, a se atirar no chão
A fazer-se rios e correr nas ruas entre pedras, cercas e jardins
Apressada, se faz correnteza a ir-se, cantando a mesma canção
Quantas lágrimas consigo não leva nas águas que leva ao mar?
Quantos prantos, no chão caídos, com ela vão a se misturar?
Será que as lágrimas que minha alma chorou ela pode levar?
José João
13/02/2.013
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A chuva sempre inspira não é poeta. Lindo soneto! Bjus
ResponderExcluirQuantas vezes as nossas lágrimas se confundem com as gotas de chuva que caem em nosso rosto...
ResponderExcluirBeijinhos
Ana