Hoje não sei escrever, minhas mãos tremem, suam...
Ficam paradas, estáticas, os olhos vagueiam no vazio,
Pensamentos e sonhos se esconderam atrás do nada
Que de repente se fez espaço na demência do tempo,
Que se arrasta lento, preguiçoso sem querer passar.
As palavras, ditas pela incoerência da dor que agora sinto,
Se misturam com o silêncio prestimoso em fazer a dor doer mais
E as mãos, se juntam como se estivessem carentes, se acariciam
Nervosas, em posição de prece pedindo o que nem eu sei.
Sei apenas que hoje não sei escrever, as palavras se perderam,
Meu pensamento ficou mudo como se pensar fosse proibido,
Como se sonhar fosse pecado e escrever fosse chorar,
Como se as letras fossem lágrimas caídas no papel
E a poesia que nasceria molhada pelo frio pranto derramado
Preferiu não nascer e assim, hoje... não sei escrever.
Ontem fiz uns versos sem rima, cheios de solidão e angustia,
Uns versos como trapos, rotos, desbotados, sem cor,
Ficaram atirados num canto do tempo, perdidos, esquecidos,
Como se fossem pedaços de dores de alguém tão despercebido
Que ninguém nem se preocupa em saber ou faz que não vê.
Ontem foi assim, hoje...já não sei escrever...amanhã...
Amanhã, talvez as palavras se façam versos e os versos
...Se façam poesias...amanhã, quem sabe, eu saiba escrever!
José João
28/02/2.013
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Amar é sempre preciso.
Amar! Amar! É a minha maior necessidade,
É navegar nas emoções mais ternas e vivas
É fazer-se estrada e caminhante e ir sem medo
Pelos momentos, pelos sonhos e por segredos
Segredos que a alma quer gritar por tão incontida,
Pela euforia da entrega onde loucura se faz razão.
Onde respirar é apenas inalar o desejo do outro
Numa entrega ardente de carne, de alma e paixão
Não vivo sem a vontade, até frenética, de amar
De deixar na alma esse tremor gostoso de sentir
De esperar ansioso para responder: Estou aqui.
Deixo que o amor me complete e me consuma
Que deixe na alma, entre as emoções sentidas
Aquela em que toda minha vida... se resuma
José João
24/02/2.013
É navegar nas emoções mais ternas e vivas
É fazer-se estrada e caminhante e ir sem medo
Pelos momentos, pelos sonhos e por segredos
Segredos que a alma quer gritar por tão incontida,
Pela euforia da entrega onde loucura se faz razão.
Onde respirar é apenas inalar o desejo do outro
Numa entrega ardente de carne, de alma e paixão
Não vivo sem a vontade, até frenética, de amar
De deixar na alma esse tremor gostoso de sentir
De esperar ansioso para responder: Estou aqui.
Deixo que o amor me complete e me consuma
Que deixe na alma, entre as emoções sentidas
Aquela em que toda minha vida... se resuma
José João
24/02/2.013
Só sei brincar de chorar
Estou triste, perdi, talvez, o melhor pedaço de mim
Já não sei mais sonhar, o vazio se fez denso e forte
Perdi a ternura de ser, desaprendi até mesmo cantar
Se fecho os olhos nem uma flor não sei mais desenhar
As nuvens se fazem desenhos sem forma e sem cor
Não sinto mais a sutileza da brisa beijando meu rosto
Meus olhos, em prantos confusos e sem nenhum pudor
Se enchem de lágrimas por qualquer ai que nem seja dor
Até a noite que nos braços me punha me fazendo sonhar
Agora me deixa no frio do silêncio sem poder nem pensar
Nos momentos que um dia, ainda criança, ousei desejar
Por falar em criança, a criança que fui se deixou sufocar
Nas dores que a vida, entre tantas perdas, quiseram ficar
Agora pode até ser estranho mas só sei brincar de chorar
José João
23/02/2.013
Já não sei mais sonhar, o vazio se fez denso e forte
Perdi a ternura de ser, desaprendi até mesmo cantar
Se fecho os olhos nem uma flor não sei mais desenhar
As nuvens se fazem desenhos sem forma e sem cor
Não sinto mais a sutileza da brisa beijando meu rosto
Meus olhos, em prantos confusos e sem nenhum pudor
Se enchem de lágrimas por qualquer ai que nem seja dor
Até a noite que nos braços me punha me fazendo sonhar
Agora me deixa no frio do silêncio sem poder nem pensar
Nos momentos que um dia, ainda criança, ousei desejar
Por falar em criança, a criança que fui se deixou sufocar
Nas dores que a vida, entre tantas perdas, quiseram ficar
Agora pode até ser estranho mas só sei brincar de chorar
José João
23/02/2.013
sábado, 23 de fevereiro de 2013
Os passos da solidão
Nunca estive só, sigo por veredas, caminhos, estradas,
Volteio por imensos jardins cheios de terna beleza
Brinco com o vento que vai entoando estranhas canções
Sempre com ela a meu lado, sempre as mesmas emoções
Me sento no meio da tarde vendo as nuvens brincando
De enfeitar o céu, Os lírios se debruçam beijando o chão
Parecem ficar de joelhos rezando em silêncio suas orações
Sempre com ela a meu lado, sempre as mesmas emoções
Sussurro cantigas que só minha alma atenta pode escutar
Desses cantos em ais que saem dos mais tristes corações
Sempre com ela a meu lado, sempre as mesmas emoções
Caminhamos por horas na areia, deixando marcas no chão
Seus passos e os meus caminhando sempre numa só direção
Os dela, onde estão? Ninguém pode ver os passos da solidão
José João
23/02/2.013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
De onde veio essa dor?
Ontem, ao por-do-sol, até meus pensamentos choraram
Correram, voaram desesperados para um horizonte
Onde nunca fui, mas foi como se já estivesse estado lá
Corri entre flores que nunca vi, até chorei um outro chorar
Não sei se foi saudade... até de histórias que nunca vivi
Não sei se foram lembranças perdidas guardadas na alma!
Sei apenas que os olhos se perderam num distante vagar
Como se aflitos buscassem em vão o que não podiam olhar
Não sei se foi angustia ou dor, mas uma dor que nunca senti
Talvez tenha sido pela carência de um sonho para sonhar
Que o pensamento fez do por-do-sol estrada para ir buscar.
Os devaneios iam sendo levados por sensações incontidas
O coração batia mais forte e uma ansiedade se fazia viva
Tão grande a dor que o pranto se fazia de lágrimas repetidas
José João
22/02/2.012
Correram, voaram desesperados para um horizonte
Onde nunca fui, mas foi como se já estivesse estado lá
Corri entre flores que nunca vi, até chorei um outro chorar
Não sei se foi saudade... até de histórias que nunca vivi
Não sei se foram lembranças perdidas guardadas na alma!
Sei apenas que os olhos se perderam num distante vagar
Como se aflitos buscassem em vão o que não podiam olhar
Não sei se foi angustia ou dor, mas uma dor que nunca senti
Talvez tenha sido pela carência de um sonho para sonhar
Que o pensamento fez do por-do-sol estrada para ir buscar.
Os devaneios iam sendo levados por sensações incontidas
O coração batia mais forte e uma ansiedade se fazia viva
Tão grande a dor que o pranto se fazia de lágrimas repetidas
José João
22/02/2.012
Os pedaços de mim
Pedaços de mim, caídos entre escombros de sonhos mortos,
São levados como nada pelo vento, sem nome, como resto,
Indo sem ser, pelo menos, uma lembrança que fica no tempo.
Só fragmentos que se sufocam por prantos, dores e lamentos
Alguns pedaços se perderam no ontem, outros foram por aí,
Desatentos por tanta angustia, esqueceram que o hoje existe
Buscaram logo o amanhã como se nele pudessem se esconder
Deixando assim tudo que não fosse apenas a vontade de viver
Incompleto, fiquei sentado no nada, dentro do vazio de mim
Que ao mesmo tempo me engolia, sufocava e se fazia tudo
Só não se fazia voz, porque o vazio de nós, são todos mudos
Tentava, desesperado, juntar pedaços que se deixaram ficar
Nos prantos que ainda não havia chorado, mas as lágrimas,
Marcavam meu rosto para que tudo fosse sempre lembrado
José João
22/02/2.012
São levados como nada pelo vento, sem nome, como resto,
Indo sem ser, pelo menos, uma lembrança que fica no tempo.
Só fragmentos que se sufocam por prantos, dores e lamentos
Alguns pedaços se perderam no ontem, outros foram por aí,
Desatentos por tanta angustia, esqueceram que o hoje existe
Buscaram logo o amanhã como se nele pudessem se esconder
Deixando assim tudo que não fosse apenas a vontade de viver
Incompleto, fiquei sentado no nada, dentro do vazio de mim
Que ao mesmo tempo me engolia, sufocava e se fazia tudo
Só não se fazia voz, porque o vazio de nós, são todos mudos
Tentava, desesperado, juntar pedaços que se deixaram ficar
Nos prantos que ainda não havia chorado, mas as lágrimas,
Marcavam meu rosto para que tudo fosse sempre lembrado
José João
22/02/2.012
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
"As vezes sou multidão..."
"As vezes sou uma multidão...outras vezes não sou ninguém"
As vezes sou minha própria razão, meu mundo em ebulição
Outras vezes sou apenas parte de mim, um pedaço perdido
Eu, todo eu, sou quando me faço um livro que escrevi no chão
Parte de mim me devora, me come as vontades e pensamentos
Outra parte de mim me completa, me escreve poesias na alma
Parte de mim é criança brigando para não crescer, apenas ser
Uma outra parte de mim, essa sem sonhos, quer apenas viver
Parte de mim é toda ilusão, sonha sonhos que não devia sonhar
Outra parte é herói vai buscar saudades que não devia lembrar
Mas uma outra parte de mim é covarde, essa que só sabe chorar
"As vezes sou uma multidão...outras vezes não sou ninguém"
As vezes sou um história que foi contada sem ninguém ouvir
Será que para alguém posso ser um a lembrança? Um existir?
José João
18/02/2.013
Minha culpa
Como areia, a derramar-se entre os dedos, foram os sonhos,
Foi o amor que tive nas mãos, e até ouvi promessas eternas,
Os momentos se fizeram infinitos, vivos por tão verdadeiros
Mas o tempo ou o destino não se fizeram bons conselheiros
Errei, me fiz de mera ilusão, me fiz de apenas um passageiro
Dentro de um coração que queria, que até pedia muito mais
Me deixei ser um sonho tão pequeno que não valia mais a pena
Ser sonhado, me fiz tão pouco que até a alma se fez pequena
Assim como a água que desliza por entre as pedras se foram
Todos os momentos, se foram todos os sonhos, fiquei aqui,
Só, parado dentro de mim, revivendo os erros que cometi
Ela se foi assim como o vento, sem deixar rastros no tempo
E eu, o único culpado de minha própria tristeza, me calo
E dessa dor, em silêncio na noite, só para a solidão eu falo
José João
18/02/2.012
Foi o amor que tive nas mãos, e até ouvi promessas eternas,
Os momentos se fizeram infinitos, vivos por tão verdadeiros
Mas o tempo ou o destino não se fizeram bons conselheiros
Errei, me fiz de mera ilusão, me fiz de apenas um passageiro
Dentro de um coração que queria, que até pedia muito mais
Me deixei ser um sonho tão pequeno que não valia mais a pena
Ser sonhado, me fiz tão pouco que até a alma se fez pequena
Assim como a água que desliza por entre as pedras se foram
Todos os momentos, se foram todos os sonhos, fiquei aqui,
Só, parado dentro de mim, revivendo os erros que cometi
Ela se foi assim como o vento, sem deixar rastros no tempo
E eu, o único culpado de minha própria tristeza, me calo
E dessa dor, em silêncio na noite, só para a solidão eu falo
José João
18/02/2.012
domingo, 17 de fevereiro de 2013
Afinal...quem sou eu?
As vezes me pergunto quem sou. Quem sou eu?
Grito alto para o mundo ouvir. Espero uma resposta
...Que não vem. Me sento sozinho na porta do tempo,
Sentado sobre o nada a ouvir apenas a voz do vento
Que não traz resposta. Mas eu... as vezes sou poeta,
Desses que escreve versos amargos com palavras rotas
Que faz rimas enfurecidas, em versos que não tem fim
Por que as palavras se perdem em sonhos e voam soltas
As vezes sou o poeta dos prantos por tantas perdas vividas
Em outras sou um palhaço poeta, rindo irônico da vida
As vezes sou um mentiroso poeta chorando dores fingidas
Mas afinal quem eu sou? Uns dizem que sou pobre poeta
Outros dizem que não, que não passo de um sonhador
E uma lágrima me diz baixinho: Você é um péssimo fingidor
José João
17/02/2.013
Grito alto para o mundo ouvir. Espero uma resposta
...Que não vem. Me sento sozinho na porta do tempo,
Sentado sobre o nada a ouvir apenas a voz do vento
Que não traz resposta. Mas eu... as vezes sou poeta,
Desses que escreve versos amargos com palavras rotas
Que faz rimas enfurecidas, em versos que não tem fim
Por que as palavras se perdem em sonhos e voam soltas
As vezes sou o poeta dos prantos por tantas perdas vividas
Em outras sou um palhaço poeta, rindo irônico da vida
As vezes sou um mentiroso poeta chorando dores fingidas
Mas afinal quem eu sou? Uns dizem que sou pobre poeta
Outros dizem que não, que não passo de um sonhador
E uma lágrima me diz baixinho: Você é um péssimo fingidor
José João
17/02/2.013
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
A estrela dos amantes
Muito longe, onde sós os amantes podem chegar, em desejos,
Em sonhos, em pensamentos que só os apaixonados sabem ter,
Existe uma estrela feita de flores, de versos e ternas poesias
Mas poesias diferentes, poesias que só os anjos sabem escrever
Dizem que lá os amantes não precisam de palavras, só de beijos.
Dizem que os olhos aprenderam a dizer: Te amo... sou todo teu,
Que os carinhos e suspiros apaixonados se misturam com o ar,
Que dizem ser mágico, faz aumentar sempre a vontade de amar
Nessa estrela, dizem não existir adeus, assim não existe pranto
Dizem que as lágrimas são sorridentes pingos de amor nos olhos,
Se fazendo luz, brincando de criança buscando o mais belo canto
Dizem que lá ninguém sabe o que é angustia, solidão, ou tristeza,
Que anjos ficam buscando corações que ainda não se apaixonaram
E quando encontram, lhes dão emoções que nunca nem sonharam
José João
14/02/2.012
Em sonhos, em pensamentos que só os apaixonados sabem ter,
Existe uma estrela feita de flores, de versos e ternas poesias
Mas poesias diferentes, poesias que só os anjos sabem escrever
Dizem que lá os amantes não precisam de palavras, só de beijos.
Dizem que os olhos aprenderam a dizer: Te amo... sou todo teu,
Que os carinhos e suspiros apaixonados se misturam com o ar,
Que dizem ser mágico, faz aumentar sempre a vontade de amar
Nessa estrela, dizem não existir adeus, assim não existe pranto
Dizem que as lágrimas são sorridentes pingos de amor nos olhos,
Se fazendo luz, brincando de criança buscando o mais belo canto
Dizem que lá ninguém sabe o que é angustia, solidão, ou tristeza,
Que anjos ficam buscando corações que ainda não se apaixonaram
E quando encontram, lhes dão emoções que nunca nem sonharam
José João
14/02/2.012
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
As lágrimas e a chuva
Lá fora, a chuva em monótonos versos, declama uma poesia,
Melancólica, sem rimas, escrita em prantos caídos do tempo
As horas se arrastam lentas, chorosas, ritmadas no mesmo tom
Fazendo da tarde uma história triste, sem luz, de apenas um som
O vento em loucura aparente se faz fantasma em dementes uivos
E os trovões, histéricos, voz rouca, ecoam em atrevidos gritos
E as plantas se agitam frenéticas pelo desespero de não poder,
Arrancarem-se da terra, e livres, da tempestade, poder correr
E a chuva continua, em tormentosos prantos, a se atirar no chão
A fazer-se rios e correr nas ruas entre pedras, cercas e jardins
Apressada, se faz correnteza a ir-se, cantando a mesma canção
Quantas lágrimas consigo não leva nas águas que leva ao mar?
Quantos prantos, no chão caídos, com ela vão a se misturar?
Será que as lágrimas que minha alma chorou ela pode levar?
José João
13/02/2.013
Melancólica, sem rimas, escrita em prantos caídos do tempo
As horas se arrastam lentas, chorosas, ritmadas no mesmo tom
Fazendo da tarde uma história triste, sem luz, de apenas um som
O vento em loucura aparente se faz fantasma em dementes uivos
E os trovões, histéricos, voz rouca, ecoam em atrevidos gritos
E as plantas se agitam frenéticas pelo desespero de não poder,
Arrancarem-se da terra, e livres, da tempestade, poder correr
E a chuva continua, em tormentosos prantos, a se atirar no chão
A fazer-se rios e correr nas ruas entre pedras, cercas e jardins
Apressada, se faz correnteza a ir-se, cantando a mesma canção
Quantas lágrimas consigo não leva nas águas que leva ao mar?
Quantos prantos, no chão caídos, com ela vão a se misturar?
Será que as lágrimas que minha alma chorou ela pode levar?
José João
13/02/2.013
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
Não precisa dizer adeus
Não acene adeus quando passar por aquela porta,
Nem olhe para trás. Vai, não precisa olhar outra vez
Os olhos que, em prantos, te pediram, imploraram,
E os teus, vazios, secos, um último olhar me negaram
Vou fechar a porta assim que saíres, fica mais fácil,
Assim não precisas parar no umbral, entre dúvidas
E remorsos. Segue tua vontade de outro recomeço
Talvez essa tanta saudade tua seja tudo que mereço
Vai. Prometo. Não vou chorar mais, se isso te ajuda.
Vai em silêncio, não diz mais nada, e nem adiantaria
Que valem agora as palavras? Certamente mentirias
.Não se prenda a sentimentos que nem sabes se sentiste
Agora vai, talvez por todos os sonhos terem sido meus
Me faz ser bem mais difícil te dizer adeus...mas adeus
José João
12/02/2.013
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
Nunca fui além de ti
Quero, na imensidão da luz desse terno
olhar,
Fazer morada. Fazer-me cativo, ser apenas eu
Buscar-me dentro de tua alma como se fosse
Meu paraíso, e dentro dela ser somente teu
Fazer morada. Fazer-me cativo, ser apenas eu
Buscar-me dentro de tua alma como se fosse
Meu paraíso, e dentro dela ser somente teu
Eu. A dourar-te os sonhos, a faze-los
vivos,
Te botar no colo e como criança te ver
dormir
Buscar dos anjos cantos divinos... te
acalentar,
Respirar baixinho para teu sono não
incomodar
Fazer com nuvens laços e flores pra te
enfeitar
Jamais ir além que ser sempre e totalmente
teu
Rasgar o peito, se for preciso, pra te
guardar
Quero ser a medida certa, onde possa
alcançar
Coração e alma e neles, quietinho, poder
ficar
Até que mandes, de dentro deles, me
levantar.
José João
11/02/2.013
Em qualquer lugar...
Em qualquer lugar sonho meus sonhos,
Derramo meus prantos e fico sozinho.
Até entre a multidão sem nome e sem rosto
Ou em qualquer vereda... qualquer caminho
Onde possa estar, sinto a mesma saudade,
As mesmas angustias, até a mesma solidão
Lembranças vêm e vão como sombras
Perdidas como fantasmas caídos no chão
Qualquer lugar é lugar para lembrar perdas,
Para lembrar momentos no tempo perdidos
Que no vazio do nada ficaram esquecidos
Onde estiver serão as mesmas lembranças
O mesmo eco de tantas palavras não ditas
Sufocadas pelo silêncio de dores tão infinitas
José João
11/02/2.013
Derramo meus prantos e fico sozinho.
Até entre a multidão sem nome e sem rosto
Ou em qualquer vereda... qualquer caminho
Onde possa estar, sinto a mesma saudade,
As mesmas angustias, até a mesma solidão
Lembranças vêm e vão como sombras
Perdidas como fantasmas caídos no chão
Qualquer lugar é lugar para lembrar perdas,
Para lembrar momentos no tempo perdidos
Que no vazio do nada ficaram esquecidos
Onde estiver serão as mesmas lembranças
O mesmo eco de tantas palavras não ditas
Sufocadas pelo silêncio de dores tão infinitas
José João
11/02/2.013
domingo, 10 de fevereiro de 2013
Confidências
Não posso dizer que as lágrimas que chorei
Foram todas de saudade pelos tantos adeus ouvidos.
Nem posso dizer que todas foram de dor pelas perdas,
Ou pela solidão sentida nas noites, em que sozinho,
Ouvia minha própria voz entrecortada pelos soluços,
Tentando chamar um nome que não soube esquecer.
Não vou dizer que todos os meus prantos
Foram chorados por carências ou por sonhos perdidos
Feitos, agora, de fragmentos levados pelo tempo
Deixando como rastros o perfume que sempre ficou.
Minhas lágrimas! Não vou dizer que foram choradas
Pela falta dos carinhos que nunca dei, nem recebi,
Pela falta da ternura de um olhar que me dissesse: Te amo.
Também não posso dizer que chorei pelas dores
Que minha alma, de mim escondida, chorava nas noites
Me deixando acordado, usando meus olhos cansados,
Pelo prazer de chorar... algumas vezes nem sei o por quê.
Não posso dizer que angustia e medos me fizeram chorar,
Me levaram às lágrimas e prantos que não sabia explicar.
Sei que chorei, e muito, mas não por esses tantos motivos
Que tão pouco seriam, jamais me fariam chorar tanto assim
Mas todo esse pranto, essas lágrimas que até minha alma
Gritava em mudo silêncio por pena de mim...tudo isso
É, e não minto, agora posso falar, gritar, posso dizer.
Tudo isso é...só essa falta de você.
José João
10/02/2.013
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Amor, esse eterno amor
O amor é eterno e se completa com a saudade
Há sempre um adeus, mesmo que não se queira
Mas para se fazer eternidade o amor precisa,
Que a saudade, após o adeus, se faça viva
O adeus, apesar da dor, não é o fim de um amor
É apenas outra forma de sentir, outra forma de amar
É fazer a alma perceber uma outra maneira de viver
Saber ir buscar os sonhos e deles nunca se perder
O amor é eterno dentro de cada coração que ama
Até os momentos se confundem se fazem de sempre,
E a dor do adeus, devagar, transforma a alma da gente
Nasce nela uma ternura ... outra maneira de pensar
Até nos surpreende quando o lembrar nos faz sorrir
Aí nos invade uma saudade até ... gostosa de sentir
José João
09/02/2.013
Há sempre um adeus, mesmo que não se queira
Mas para se fazer eternidade o amor precisa,
Que a saudade, após o adeus, se faça viva
O adeus, apesar da dor, não é o fim de um amor
É apenas outra forma de sentir, outra forma de amar
É fazer a alma perceber uma outra maneira de viver
Saber ir buscar os sonhos e deles nunca se perder
O amor é eterno dentro de cada coração que ama
Até os momentos se confundem se fazem de sempre,
E a dor do adeus, devagar, transforma a alma da gente
Nasce nela uma ternura ... outra maneira de pensar
Até nos surpreende quando o lembrar nos faz sorrir
Aí nos invade uma saudade até ... gostosa de sentir
José João
09/02/2.013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
O cisne (homenagem)
John Lennon da Silva
O palco lhe é um lago ao som divino da luz
O corpo se mexe em volteios como brisa leve
A esvoaçar no espaço a brincar, e solto flutuar.
O cisne já quase não vive mas ainda faz sonhar
Os braços se fazem asas num lento querer voar
O corpo se agita e a alma artista lhe empresta voz
A contocer-se em mudas súplicas, em doce pranto
A lhe dar na agonia lenta, sutil beleza e terno encanto
E ele, o artista, na dança se põe entre beleza e dor
Tão leve o valsar que até parece indo ao vento, ao léu
Pra ele o palco não se faz lago, é um pedaço de céu
Os braços se elevam ao alto como orações perdidas
No artista, talvez se façam, pedidos de viver o sonho
Na beleza do fazer, no palco, a dança da própria vida.
José João
08/02/2.013
Obs.: Caso o artista não concorde com a imagem
e o texto, por favor deixe um cometário que
humildemente excluiremos esta postagem.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Estrada vazia
Para onde vai essa estrada cheia de folhas caídas
Como se fosse de outono, folhas mortas sem vida?
Para onde vai essa estrada, sem ter rastros no chão
Até parece que por ela quem caminha é a solidão!?
É uma estrada vazia, parece que a tristeza deixou
Um denso cheiro de nada quando por ela passou
Até o sussurro da brisa parece com um queixume
Por não levar da amada o cheiro de seu perfume
Única flor que nasceu na margem desse caminho
Que deitada sobre a pedra vê o vento ir sozinho
A estrada não permite qualquer forma de carinho
Mas por essa estrada, que nem horizonte não tem
Que até a sombra do nada por ela não quer passar
Eu, minha solidão e tristeza vamos nela passear.
José João
04/02/2.012
O passarinho apaixonado
Canta alegre um passarinho no roseiral
Inquieto, a inquietar-se com a demora
De quem, talvez, a esmerar-se no ninho
Seja aquela a quem ele, feliz... namora
A ansiedade se faz no canto, no chamado
E um nome grita no seu mais belo trinado
Gorjeio doce, terno a fazer-se um canto
De confissão de um eterno apaixonado
Continua o passarinho em belos gorjeios
Trinados breves ou longos como poesias
Em versos alegres lindas notas e melodias
Chamando a amada que no ninho se enfeita
De repente ela surge, graciosa, doce e bela
E o passarinho... canta mais bonito só pra ela.
José João
04/02/2013
Pranto, flores e primavera
Ouço a voz do vento cantando para a primavera,
Só sei chorar. Ouço a brisa soluçando uma canção
Que não sei cantar. De repente um pranto cai
E grita chorando uma saudade que com ele vai
Por caminhos que não vi nem sei onde vão parar
Do meu peito um soluço, sai teimoso a procurar
A liberdade que procura para se fazer de voz
Mas o tão triste silêncio da solidão o faz calar
Meus passos se perdem nas estradas que não sei
Se são estradas ou labirintos a se fazerem chão
Em que os bouquets coloridos são feitos de ilusão
A alma e pensamento se confundem em apenas um.
Com o perfume da primavera o pranto se mistura...
E vão indo com as flores como se fossem pintura
Só sei chorar. Ouço a brisa soluçando uma canção
Que não sei cantar. De repente um pranto cai
E grita chorando uma saudade que com ele vai
Por caminhos que não vi nem sei onde vão parar
Do meu peito um soluço, sai teimoso a procurar
A liberdade que procura para se fazer de voz
Mas o tão triste silêncio da solidão o faz calar
Meus passos se perdem nas estradas que não sei
Se são estradas ou labirintos a se fazerem chão
Em que os bouquets coloridos são feitos de ilusão
A alma e pensamento se confundem em apenas um.
Com o perfume da primavera o pranto se mistura...
E vão indo com as flores como se fossem pintura
domingo, 3 de fevereiro de 2013
Que venham as ilusões
Hoje ainda não acordei, tentando sonhar sonhos
Que ainda não sonhei. Procurando espaços vazios
Entre aqueles que se foram perdidos por aí
Mas se fizeram saudades escondidas na alma,
Sonhos que ficam sem se fazerem esquecer,
Ficam guardados como relíquias, mas vivos,
Latentes, qualquer saudade pode desperta-los.
Esses sonhos antigos que se fazem de sempre,
Talvez por minha culpa, culpa dos meus medos
Medo de sonhar outros sonhos e despertar
Com maiores tormentos e dores mais doídas.
Mas já é tempo de viver outras verdades,
Nem que sejam apenas ilusões enganando a alma,
Nem que sejam devaneios, loucuras, desejos
Mas tenho que sonhar sonhos novos,
Sonhos coloridos, com cheiro de esperança,
Com gosto de vontade, com gosto de amanhã.
Ir em horizontes onde minhas lágrimas não chegaram,
Caminhar por caminhos que meus prantos
Ainda não molharam, caminhos sem marcas,
Sem passos, caminhos virgens de mim,
Onde minhas dores ainda não passaram.
Preciso sonhar meus sonhos, mas que sejam
Sonhos vazios de mim com essas dores de agora
E cheios de todas as esperanças ou ilusões,
Mesmo esperanças impossíveis, ilusões mentirosas.
É preciso, pelo menos tentar, pintar os amanhãs...
Com outras cores, e dar à vida outros sabores.
José João
03/02/2.013
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Quando os olhos falam
As palavras se perderam no tempo, esquecidas
Os momentos, todos, se fizeram pedaços vazios
Sonhos... Esses se deixaram acordar perdidos
Nos escombros da noite como fantasmas caídos
A noite me conta sem pressa coisas de solidão
Me fala das angustias que ela deixa até na alma
Conta porque, nela, as horas se arrastam lentas
Para que a tristeza se faça forte, cruel tormenta
Os olhos se perdem entre a escuridão e o nada
Assim permite que todo o corpo se sinta invadido
Por tremores e convulsões até na alma sentidos
As lembranças se deixam ficar como devaneios.
A loucura grita suas tantas razões querendo estar
E o adeus dito com os olhos ainda se pode escutar
José João
02/02/2.013
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
Saudade de nós dois
Nosso canto, escondido naquele pedaço de mar,
Hoje vazio, de certo sentindo saudade de nós dois,
Onde agora só as ondas vão chorar nossa ausência
Está sem beleza, me disse o mar chorando depois
Voltei lá, mas não sentei na areia, tudo era triste
Até o sol parecia sombrio, sem nenhum brilho
Aquela musica que o vento cantava pra nós
Ficou um verso só, sem rima nem estribilho
As gaivotas, parecia que não queriam voar
Ficavam curiosas passando por sobre mim
Parecia até que queriam, pousar... perguntar...
Mas o mais triste foi minha volta, meus passos
Sozinhos, pareciam lágrimas na areia a vagar
E os prantos se misturando com a água do mar
José João
01/02/2.013
Hoje vazio, de certo sentindo saudade de nós dois,
Onde agora só as ondas vão chorar nossa ausência
Está sem beleza, me disse o mar chorando depois
Voltei lá, mas não sentei na areia, tudo era triste
Até o sol parecia sombrio, sem nenhum brilho
Aquela musica que o vento cantava pra nós
Ficou um verso só, sem rima nem estribilho
As gaivotas, parecia que não queriam voar
Ficavam curiosas passando por sobre mim
Parecia até que queriam, pousar... perguntar...
Mas o mais triste foi minha volta, meus passos
Sozinhos, pareciam lágrimas na areia a vagar
E os prantos se misturando com a água do mar
José João
01/02/2.013
Dá-me
Dá-me um teu sorriso que te farei minha história
Dá-me apenas um teu olhar, mesmo distraído,
Que meu sonho se fará, por ele, colorido
Dá-me um pouco de teu tempo, fração de segundo
Que te contarei tudo que precisas saber de mim
Achas pouco esse "tanto tempo" para tamanho ensejo!?
Todas as palavras se farão vivas em apenas um beijo.
Dá-me um pedaço desse sorriso que escondido,
Entre as marcas de teu rosto pelos tantos medos,
Te faz criança, brincando de esconder segredos
Dá-me o menor pedaço de ti, aquele que ninguém quis
Dá-me a vontade desse beijo em tua boca escondida
Que dos mais belos sonhos farei toda tua vida.
José João
01/02/2.013
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