quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O grito do pranto


Oh! Grito da alma que sufoca meu canto
Onde estás alegria em mim escondida?
Porque me deixas a mercê desse pranto
Que o tempo perece nas horas perdidas?

Oh! Grito mudo pela angústia engolido!
Oh! Silêncio que deixa as palavras de luto!
Porque me deixas inerte os sentidos
Que nem o pensamento me gritando eu escuto?

Onde estão os momentos que um dia vividos
Nas doces carícias de sonho reais
Em que o amor por tão forte ficou atrevido
Se fazendo de sempre e querendo ainda mais?

Onde está a vontade de cantar não ser mudo
De pegar um sorriso que por mim esperava
De nada pedir por já ter quase tudo
Que até os meus sonhos a beleza invejava?

Mas estranho acaso como verdade inconteste
Me invade os momentos e lhes toma o encanto
Fazendo que a alma pela dor sinta culpa
E que por ela, o grito gritado, se faça de pranto


José João
10/10/2.012

Um comentário:

  1. José João meu amigo querido ...Quanta verdade e beleza !!! Quanto sentimento verdadeiramente sentido...Tocante demais ...Um grande abraço Pedro Pugliese

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