quinta-feira, 20 de outubro de 2022

A loucura dos sonhos que faço

Ah! Meus sonhos! Sonhos que faço, que crio e conto
Se parecem loucuras, não importa, são todas minhas
Essas delirantes loucuras mágicas que sonho na poesia
Com olhos abertos, fechados desenho minhas fantasias

Tenho um pé de flamboyant no meio do meu jardim
Todo florido, com lírios, açucenas, antúrios, jasmins,
Lindo, cheio de cores e... os mais diversos perfumes
Parece que foi plantado por um excêntrico querubim

Os sonhos loucos que faço vão muito além de mim
Faço sonhos em que converso horas com as flores
Teço cestos em fios de nuvens douradas do por do sol
Colo com lágrimas alegres de uma alegria sem fim

As vezes, nos sonhos, voo com gaivotas sobre o mar
Brincando de conferir as ondas, banhando com o sol
Refletido na água que canta uma canção com o vento
Num dueto celeste como se ao mundo fosse um alento

Na loucura dos meus sonhos faço aviãozinho de papel
Todo colorido, cor de orquídeas, begônias e camélias
Peço que a meiga brisa o leve para bem pertinho do céu
E ele vai em delicados volteios como se fosse ao léu

Dentro dele vão ladainhas, orações, rezas que inventei
São meus sonhos malucos, sonhos que eu mesmo faço
E nele vão só saudades alegres, saudades que não chorei
E vai ele, leve, pelas estrelas no roteiro mágico que tracei

Esses meus sonhos loucos! Malucos! Mas sem tristezas...
Sonhos mágicos desses que somente palavras não contaria
E na loucura da fantasia que desperta meus loucos sonhos
Nada seria dito não fosse a magia, o milagre divino da poesia

José João
20/10/2.022

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