Ainda ontem, sentado em frente de mim
Parecia ver meu rosto de vinte anos
Quando brincava de parar o tempo...
Fabricar sonhos, de correr entre os dias
Sem me preocupar com os amanhãs...
Me lembro, brincava de amar, de ir e vir
Entre corações sem saber o que era ser.
Podia tudo, parar o tempo, escolher sonhos,
Inventar sentimentos... vinte anos...
Não percebia que o tempo passava...
Enquanto eu brincava ele zombava de mim
E eu não via, ironizava meus sentidos
E eu não percebia... afinal tinha tempo...
Muito tempo...pra tudo... assim pensava...
Mas hoje, sentado em frente de mim
Vejo um senhor buscando o que um dia foi
Quase em desepero pede, implora chorando,
Que o tempo lhe dê tempo ainda de, pelo menos,
Sonhar, sim... sonhar... para acalentar a vida.
José João
01/11/2.019
Parabéns pelo belíssimo poema!
ResponderExcluir-
A melodia do Outono.
Beijo e um excelente dia!