quarta-feira, 19 de junho de 2019

... a poesia se escondeu de mim

É noite, a insonia não me permitiu sonhar,
O silêncio é gritante, é voraz e a saudade...
Fica gritando um nome que o tempo não apagou.
Levanto, a luz fraca de uma vela apenas diminui
A escuridão. Procuro uma poesia perdida na noite,
Lápis, papel e eu. Sento, olho a chama da vela,
Meus dedos brincam com o lápis, o papel deitado,
Procuro um pedaço de mim, olho para os lados...
Ia começar um verso quando me surpreendo ao ver
Um sorriso triste sobre a mesa, nos olhamos e...
O sorriso...continuou triste, mais para o lado,
Algumas lágrimas abraçadas me chamavam
Para chora-las, mas não queria chorar, queria
Apenas escrever uma poesia, a noite permitia
Mas... o sorriso triste deitado sobre a mesa,
As lágrimas abraçadas pedindo olhos 
Para serem choradas, como se não bastasse,
Um pedaço de angustia pulando e gritando
Estridente que queria ser sentido, o mais
Díficil foi ver a saudade sentada a meu lado,
Olhar triste fixo em mim se sentindo carente
E a solidão,  com um olhar brilhante e devasso,
Como se estivesse no cio se fazia espaço
E tomava o tempo, as palavras e a razão.
Assim, só pude descrever o que eu via
Não pude fazer minha poesia... nessa noite

José João
19/06/2.019

Um comentário:

  1. Resolvi voltar aos poucos, agradecendo todo o apoio e carinho que me têm endereçado. Peço desculpa por ser mensagem “ copy past” mas só assim posso “ chegar a todos” porque o merecem. Obrigada!
    .
    Soltando aquela criança, enquanto deambulava
    Beijos e um excelente dia.

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