sexta-feira, 7 de junho de 2019

A poesia que não fiz

Hoje as palavras correm, fogem dos versos
Estes se perdem sem métrica, sem rimas
Ficam vazios, sem alma, outros inacabados
Como se a dor e solidão os tivessem calados

Eu, calado ou perdido dentro de mim, não sei,
Num silêncio que não gosto de ouvir ou sentir
Brinco com os olhos que inistem em gritar,
Com lágrimas, como se assim pudessem falar

Sinto uma saudade diferente, estranha, doída
Mas as palavras se foram perdidas no tempo
Como se na poesia não encontrassem alento

Sento no meio do nada, a alma nada me diz
Me busco, me procuro, não sei, me perdi...
E fugiu de mim a poesia que chorei e não fiz.

José João
07/06/2.019

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