sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Versos vazios ...

As vezes me esqueço de mim, do que fui,
De momentos que vivi, sorrisos, promessas
Que fiz, que ouvi, todas perdidas no tempo,
Menos algumas que me chegam sem pedir
Ou que talvez nunca tenham ido, ficaram
Dentro de mim para não serem esquecidas
E me martirizam, me angustiam, me fazem
Chorar em silêncio, perdido na solidão
Que me escreve no rosto nomes que esqueci,
Mas, em mim, ficaram as dores que nao foram.
Escrevo histórias em poesias tristes, até pensam
Não serem minhas, sejam verdades fingidas
Em sorrisos falsos, mentiras cheias de verdades
Quando fingir é mais que ser... é também viver.
 Deixo que o vazio me tome conta, me faça
repleto do que não sei mais dizer... nem viver.
Corro entre os sonhos que sonhei um dia
Quando eram cheios de mim, de verdades,
Tantas que se faziam poesias completas
Declamadas pela alma... hoje, as tristezas
Se fazem versos cheios de mim... assim...
Vazios.

José João
05/10/2.018

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