segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Quem dera me ouvissem!

Vejo o amor como poesia e o escrevo em versos,
Coisa minha, de quem ama, se entrega...
Sou assim mesmo, pleno quando eu amo, mas...
Nem sempre me entendem, algumas vezes,
As poesias que faço nem têm resposta...
Mas até entendo, poesias de amor são "chatas",
As vezes apenas se ouve ... por ouvir, 
E o silêncio do que não é dito fica no tempo,
Marcando a alma, que, atonita, se pergunta:
Não ouviram a poesia que fiz? - Ouviram,
Diz a vontade de ser ouvido, mas como disse,
Poesias de amor são tão "chatas"! Muito.
Assim me calo,  o que sinto declamo em silêncio
Minha verdade fica muda dentro de mim.
Porque não ouvem as poesias com a alma?
Se pelo menos ouvissem e dissessem: ouvi,
Aí a poesia se faria verdade, se faria festa
E a alma saberia que ouviram o que ela disse.
Mas sempre é o silêncio a resposta. Que pena!
Quem dera as almas respondessem as poesias
Que a minha grita, quase em desempero!

José João
08/10/2.018

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