sábado, 6 de outubro de 2018

Medo de amar outra vez.

É um silêncio dentro de mim! Não me ouço...
É um soluço infantil em lágrimas de desgosto
Um não-sei-o-que de desencanto em roto canto
A molhar-me o rosto com frio e desvairado pranto

Versos molhados, perdidos de rimas, chorando
Saudade infinda, de apenas de ontem, a martirizar
A alma, coitada, perdida no nada a se peguntar
Deus, que fazer se essa dor de agora nunca passar?

O adeus dito ontem com um gosto amargo de sempre
A fazer que a vida se perca em pedidos dementes
Para que essa dor não deixe a infeliz alma doente

Sim, doente. doente porque foi tanto a entrega
Que se fez de criança deitada num colo a sonhar
Agora, quem sabe, lhe deixe essa dor medo de amar!

José João
06/10/2.018

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