O que me fazes, saudade? E porque me vens?
Deixa-me aqui no silêncio de mim, no vazio,
A oferecer-me, além da dor, o que mais tens?
Mas te fazes tanto que presumo estares no cio
Perco-me entre os sonhos, coitados, mortos,
Se não, pelo menos, pobres sonhos caducos
A me fazerem descabida e patética companhia
Companhia que, alma sã, te-los não se atreveria
Mas essa minha loucura demente, cheia de ti
Me faz buscar-te no mais escondido de mim
E brinca de saudade eterna de dor sem ter fim
Calo-me, e no silêncio que me toma o tempo
Deixo-me ficar na demência de tentar te ouvir
Se te amar é viver, a te ouvir me ponho atento
José João
07/06/2.017
A saudade é doce e traiçoeira. Belo poema.
ResponderExcluirBeijoss