quinta-feira, 2 de julho de 2015

Almas sozinhas

- O que nos separa não é a distância
   E na verdade, nem os caminhos
  O que nos une não é a vida...
   É simplesmente sermos sozinhos

   Minha busca é árdua...onde estou?
  Talvez tão longe e de mais ainda vim
  Entretanto nada sob o céu tem fim
  A esperança é eterna e existe em mim

  Quem sabe possas me fazer um sonho
Me encontra ela e eu te proponho
Uma vida livre, de cantar risonho
E em belos versos em ti me ponho

- Há quanto tempo tens essa busca?
Não sei quem és e a mim não dizes
Se dela falas...me diz seu nome
Me diz ao menos se foram felizes

- Há muito tempo, passado distante
Quis o destino que mais não a visse
E em triste loucura me perdi no tempo
E ao me encontrar, me veio o tormento

Que mais faço? Desespero eterno?
Até no infinito amar é preciso
Traduz meus versos, canta o que sinto
Que amo e amo, sou amante contrito

Grita comigo a beleza do amar
Grita bem alto, nos versos, na vida
Grita que amar é mais que viver
Grita que amar é nunca morrer

Grita que a morte ao amor não resiste
Grita que a sorte é amar não ser triste
Grita que a vida é luta incontida
E que sem amor jamais é vivida

Não calo! E se choro meu grito
Que pela perda é até mesmo aflito
Não calo, não paro no tempo
E haverás de fazer acabar meu tormento

Escreve meu nome e o dela também
Que até no infinito eu a quero bem
Se hei de chorar por não a encontrar
Me ajuda! E chora comigo também

Há quanta procura e vãs tentativas
De encontrar no caminho uma alma cativa
Que me faça falar, falar nessa vida
Que de muito pra mim já é esquecida

Diz que para um segundo de amor
De doação tão terna quanto infinita
Se fores chorar o resto de vida
Vale a pena, faz a vida ser bem mais bonita


José João
publicada em
14/08/2.011
(reedição, a pedido)


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