terça-feira, 14 de julho de 2015

Até que uma saudade...

Nosso mundo...eramos só nós dois e o tempo,
A beleza, nossas verdades, eternas a cada momento.
Nossos sonhos já nasciam coloridos, cheios nós...
Onde nada além de nós dois fazia sentido...
Os olhares que nos diziam tudo no mais perfeito silêncio,
As palavras que se calavam por serem tão poucas...
Nossa voz vinha da alma, num falar doce, mágico...
Sem palavras, nossas mãos, em doces carícias,
Escreviam poesias completas em nossos rostos
Que se iluminavam com o brilho de um amor...
Tão perfeito que só na eternidade podia caber...
E foi assim....Tudo de repente ficou vazio, sem razão,
O silêncio foi quebrado por soluços, a voz da alma,
Antes doce magia, se fez rouca, em gritos e ecos
Gritados no desespero de dores agora infindas,
Os sonhos se contorciam em espasmos perdidos,
Sem cor, como fossem pesadelos que, nas noites
Cheias de vazio, se faziam fragmentos mórbidos
De uma tristeza sem tamanho...por não ter fim
Até que um dia, talvez por pena de mim,
Uma saudade...

José João
13/07/2.015

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