terça-feira, 26 de novembro de 2013

Alguém chorou com a minha alma

De longe, de muito longe, um tênue acorde, 
Que o vento ternamente trás em sutis volteios,
Me chega como se fosse lágrimas de alguém
Que chora cantando a dor de um adeus,
A voz melodiosa e triste, tão triste que parece
Chorar uma dor que se fez densa dentro
De sua alma (assim parece) E a minha...
Sentou no nada, fechou os olhos, se entregou.
A ouvir, dizendo que era sua a história.
Não havia nomes, nem sonhos contados,
As palavras se faziam lágrimas e os acordes
Se faziam saudades, vivas, passageiras e viajantes
Da angustia que minha alma dizia ser dela
Na musica que alguém chorava a própria dor.
A noite se fez mais noite, por tão escura
E bem mais fria, como se quisesse esconder
O rosto da solidão, que a cada acorde 
Do adeus cantado em prantos, se fazia mais viva,
E minha alma sentindo a solidão tão sua,
Sussurrava com o vento a melodia que ela
Dizia ser sua história - por tão sozinha -


José João
26/11/2.012





2 comentários:

  1. MAJESTOSO MEU AMIGO POETA !!! VOCÊ ARRASA CORAÇÕES E O MEU SEMPRE VAI NO MEIO !!! LINDO UM GRANDE ABRAÇO E ESTA SEMANA SAI A PARCERIA VIU !!! Pedro Pugliese

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  2. Belo poema João. É sempre à noite que a saudade e a solidão, se juntam fazendo as horas lentas, machucando o coração e a alma. Bjus

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