Em frente ao tempo sento calado
Me pergunto em silêncio onde estou
Calo meu grito em desespero contido
Por não saber nem mesmo quem sou
Solto o pensar a toa no mundo
Pensamento cavalga em espaço profundo
Vago o olhar num horizonte perdido
E sinto no peito um leve gemido
De dor que não mata entretanto não vivo
De dor que maltrata e me deixa cativo
Da solidão que chega e que fica
Com uma saudade que me deixa passivo
Não luto, me sento e espero do tempo
Que me traga de volta o que há muito perdi
E se hei de esperar que o tempo me ouça
Tomara que o tempo se lembre de ti.
José João
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