Diz que minto quando digo ao tempo
Que te perdi em cruel tormento
Diz que minto quando digo ao vento
Que meu canto é um sutil lamento
Diz que voltas e que te espere
Diz que a alma não desespere
Ou então diz o que tu preferes
Me chama louco se assim quiseres
Que louco ontem e amanhã serei
Ao lembrar tua boca que já beijei
E louco sempre eu ficarei
Ao recordar do beijo que não ti dei
Minha alma chora esse desencanto
Em tristes ais ou em tristes prantos
Até chora se eu mesmo canto
Reticente fica nos entre tantos
Então me entrego no chorar de agora
Até a saudade quer ir embora
Então a alma tristonha implora
Perdida ao tempo sem saber a hora
Se entrega toda aos meus devaneios
Não te busca pois perdeu os meios
E assim morrem os seus anseios
Por tão forte serem os meus receios.
José João
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