Tristeza, o que você disse?! Que eu não posso ir?!
Pobre tristeza! Tão prepotente!, Fria e ridícula.
O sol vem vindo, o alvor do dia está chegando,
Os pássaros, despertos, batem as asas em alvoroço,
A brisa leve da madrugada balança os galhos
E as flores começam a ficar luzidias com o sol,
Balançam o orvalho das pétalas ao se espreguiçar,
A estrada, por elas perfumadas, convidam a ir
Até o horizonte, por sobre caminhos que o sol
Deixa sobre a água do rio que canta, num murmurar
Quase inaudível, mas cheio de ternura na voz,
Tudo pronto para uma poesia e tu, tristeza, a dizer
Que não posso ir e fazer versos cheios de mim?
Deixar o pensamento voar nas asas do vento
Brincando de contar o tempo nos versos que faço?
De neles gritar o gosto da liberdade que tenho?
Caminhando leve, sem o teu peso, tristeza, e ir
Sem me preocupar com prantos, nem saudades,
Apenas fazendo versos que o tempo deixou ficar.
José João
14/04/2.025
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