Até hoje, juro, ainda não teria lembrado de mim
Ela que se lembrou quem sou, disse o que eu fazia
Falou tão ternamente, disse mais ou menos assim,
Tu és aquele da gaveta mágica, que guarda as flores
Que guarda também saudades, pensamentos, ilusões
A gaveta do poeta, Lembra? Onde guarda estrelas,
Versos inacabados, tristezas, dores, cantos e orações
Onde guardas o tempo, o vento os sonhos doirados
Aquelas palavras em desordem, nem parecem poesias
A gaveta que só você sabe abrir com o toque do coração?
Onde estão guardados os beijos que nunca foram dados?
Você é aquele que pinta horizontes com a cor do pranto
Que se a dor é forte ri com os olhos... sorrisos fingidos.
Faz que a noite, se você quiser, componha versos e cantos
És esse poeta que deixa sonhos e solidão no tempo cerzido.
José João
22/04/2.025
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