Desde muito, desde quando, sozinho, aprendi,
Que o grito desesperado da alma... é o pranto,
Que vai dos olhos ao tempo, contando histórias.
Fiz dele voz, para me contar em triste canto
Com ele lavo o rosto nas minhas noites de insônia,
Me turva os olhos para eu não ver, para apenas sentir
A saudade me tomando, me fazendo chorar mais
E ele enfeitando os olhos sem qualquer cerimônia
Com o pranto aprendi chorar no silêncio, sem alarde
Não constranger a alma, gritando dores na multidão
Nem fazer de voz, o pulsar triste de um pobre coração
Com a alma gritando dentro do silêncio do pranto
Me dou ao luxo de, na rua, caminhar sorrindo
Enquanto os olhos gritam os lábios sorriem... fingindo
JJ. Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Postado em: 06/01/2.024
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