Quando o luar se deita sobre o chão da minha terra
Prateando rios, flores, prateando matas e jardins
Parece um sonho que um anjo, aqui veio desenhar
Pintura especial da natureza que só Deus pode criar
Na minha terra, o luar de prata prateia até a solidão
Se estende pelo campo como se o silêncio fosse canção
Leva o pensamento a inventar histórias não acontecidas
A se buscar na alma, saudades que nunca foram vividas
O luar na minha terra, a espairecer aquela toda vastidão,
Faz-me lembrar o poeta, ouvindo nas palmeiras o sabiá
Com a alma a implorar, com lágrimas nos olhos tristes
A pedir: "Não permita Deus que morra sem que volte para lá"
Quando a lua, a esgueirar-se, desenhando-se no horizonte
A crescer, iluminando a mata e no prateado a se banhar
Se ouve ao longe, vindo lento, um assobio na voz do vento
Até parece um canto saudando o poeta, um canto do sabiá.
Com o prateado do luar, num céu que tem bem mais estrelas
Elas todas atentas, como se lá ouvissem o clamor do poeta,
A triste súplica para ouvir nas palmeiras o canto do sabiá
Pedia: "Não permita Deus que morra sem que volte para lá"
JJ. Cruz
Academia Mundial de Cultura e Literatura
Cadeira: 28
Patrono: Antero de Quental
Pulicado em: 18/12/2.023
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