Lentamente, se arrastando pela tarde, vem a noite
Olhos e cabelos negros, longos, do tamanho do tempo
Se abre como um véu e, sutilmente, acorda o silêncio
Que vem sorrateiro, malicioso, com seu passo lento
E logo atrás, como sombra do silêncio, mesmo sem luz
Vem a solidão... olha dentro da noite e, imóvel, espreita
Buscando almas tristes, corações vazios, angustiados
E, sem que se espere, ela entra e confortável, se deita
E os olhos tristes, perdidos na noite, buscam em prantos
Espantar a solidão, o silêncio, com o doce alvor do dia
Com voz embargada, um sussurro apenas, a alma chora,
Em orações perdidas, pedem para as estrelas irem embora
Assim também a noite se vai, o silêncio se perde em sons,
As flores se abrindo nos jardins, pessoas indo e vindo
A alma, com um sorriso triste, se pensa livre da solidão
Sem saber que ela dói muito mais no meio da multidão
José João
24/08/2.023
É um poema eue evoca uma tristeza mas de uma forma bela e cheia de lirismo. Parabéns por tão lindas e ornamentadas palavras que com certeza Flui na alma de quem lê. Gostaria de te convidar a conhecer o recém criado blog Vozes de Minha Alma.
ResponderExcluirLindo de ler. Gostei muito.
ResponderExcluirCumprimentos poéticos
Adorei o poema!
ResponderExcluir.
Sinto que o meu tempo ainda não acabou
Beijos. Boa noite.
Obrigado!
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