sexta-feira, 8 de setembro de 2023

São Luís... ainda és minha oração

 Ah! Que é de a tua beleza de outrora? Onde está?
Te vejo triste, macambuzia, pelos cantos do tempo
Chorando teu passado perdido que se foi ao vento,
De te ouço agora um canto cheio de tantos lamentos

Onde estão as palmeira e os sabiás de saudoso canto?
Onde estão teus poetas que gritavam em belas poesias
A beleza indígena dos tupis, dos guaranis, dos aimorés
Que bravos diziam: choraste diante da morte meu filho não és

Hoje, já não ouço, morto que está, um grito heroico a dizer:
"A vida é combate que  os fracos abate, que os fortes...
Os bravos, só faz exaltar" Onde está a força do teu canto?
Nos versos de agora só ouço lamentos e chorados prantos

Gritando aflito, pergunto: onde estás Atenas do Brasil?
Será que te perdeste das palavras e muda ficaste?
Já não és mais o mais belo som da Última Flor do Lácio?
Doce encanto eterno do falar a que tanto te entregaste?

Onde estão teus rios, tuas fontes, e os teus bosques...?!
As noites, "quando a lua nasce por detrás da verde mata
Parecendo um sol de prata prateando a solidão..."
Por isso, mesmo em lágrimas,  ainda te faço minha oração.

José João
08/09/2.023

Um comentário:

  1. Amigo poeta, a alma inspirada consegue resgatar e captar aquilo que outrora brilhou e encantou. Mesmo que aquilo que foi e hoje não é mais, o poeta resgatou em seu lirismo, a beleza do que restou. Um abraço fraterno, obrigado pela visita.

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