Te vejo triste, macambuzia, pelos cantos do tempo
Chorando teu passado perdido que se foi ao vento,
De te ouço agora um canto cheio de tantos lamentos
Onde estão as palmeira e os sabiás de saudoso canto?
Onde estão teus poetas que gritavam em belas poesias
A beleza indígena dos tupis, dos guaranis, dos aimorés
Que bravos diziam: choraste diante da morte meu filho não és
Hoje, já não ouço, morto que está, um grito heroico a dizer:
"A vida é combate que os fracos abate, que os fortes...
Os bravos, só faz exaltar" Onde está a força do teu canto?
Nos versos de agora só ouço lamentos e chorados prantos
Gritando aflito, pergunto: onde estás Atenas do Brasil?
Será que te perdeste das palavras e muda ficaste?
Já não és mais o mais belo som da Última Flor do Lácio?
Doce encanto eterno do falar a que tanto te entregaste?
Onde estão teus rios, tuas fontes, e os teus bosques...?!
As noites, "quando a lua nasce por detrás da verde mata
Parecendo um sol de prata prateando a solidão..."
Por isso, mesmo em lágrimas, ainda te faço minha oração.
José João
08/09/2.023
Amigo poeta, a alma inspirada consegue resgatar e captar aquilo que outrora brilhou e encantou. Mesmo que aquilo que foi e hoje não é mais, o poeta resgatou em seu lirismo, a beleza do que restou. Um abraço fraterno, obrigado pela visita.
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