quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Esse vazio de mim!!!

Minhas lágrimas, nos versos, são quase alegres,
Fingem mostrando ao mundo o que não sinto
Para que a poesia não se molhe no tanto pranto
Que, em silêncio, minha alma, de joelhos, chora.
Canto, num cantar mudo, em que só eu escuto,
Uma melodia que não sei de onde vem, mas canto,
Como fosse uma oração que não sei até onde vai,
Se vai ser ouvida, ou se perder a esmo no tempo
Sem ir a lugar nenhum além de mim mesmo.
Uma saudade, que não sei de quem, de onde vem 
Mas tão intensa que se faz infinita, fica brincando
Dentro de mim, fazendo as horas passarem lentas,
Fazendo o tempo parar no meio de sonhos
Que há muito foram sonhados ou até vividos,
Não sei ao certo, as vezes, por minha vontade,
Confundo viver e sonhar para assim poder viver.
E no silêncio dos versos que sinto mas não escrevo
Me entrego a um generoso pranto, cheio, repleto
Do vazio de mim... do que agora sou.

José João
15/11/2.018

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