Gosto muito de ver o alarde silencioso
Do por do sol, de ver a efusiva melancolia
Das nuvens pintadas em cores mágicas
Por não existir tinta que possa imita-las.
Gosto de ver o sol brincando de brincar,
Sozinho, lá no alto, com a solidão que,
Por milagre, não se faz dor, embora os olhos
Se umedeçam, tanto a nostalgia da hora
E de uma saudade que vem e não se sabe
De onde. Nessa hora, quando tudo
Parece divino, as lembranças vêm...
Algumas risonhas, outras arredias,
Sem querer chegar, para que lágrimas
Tristes não estraguem o momento...
Gosto de sentar na beira do tempo
Quando o dia, sonolento, se espreguiça
E um bocejar com jeito de brisa
Se estende sobre as horas, que lentas,
Parecem pedaços de versos invisíveis,
Contando segredos da gente pra...
Gente mesmo.
José João
11/11/2.017
Interpretar os fenômenos da natureza e nos conectar a eles faz totalmente sentido, já que todos fazemos parte deste mundo.
ResponderExcluirTenha um bom domingo!