segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Meu baú de relíquias

Revendo velhos guardados, meu baú antigo,
Cheio de relíquias, retratos amarelados,
As pessoas sempre com o mesmo sorriso,
Desde muito tempo, poesias inacabadas,
Cartas não enviadas, me encheram de duvidas,
Como estaria hoje se as tivesse enviado?
Cartas recebidas que não faziam mais sentido,
Mas em algumas delas, encontrei pedaços
De mim, encontrei sonhos, momentos
Já esquecidos. Encontrei até lágrimas novas,
Sim, lágrimas novas que me vieram aos olhos
Trazidas pela nostalgia, pela saudade...
Percebi o tempo que perdi, tanto foi minha
Falta de tempo que agora ele me faz falta.
Revendo meus guardados, chorei, sim...chorei
Senti falta dos carinhos que me ofereceram
E eu não quis, senti saudade dos beijos
Que não dei, senti uma angustia tão doída!
Tinha uma carta que dizia: ainda te amo...
Eu li e não ouvi, agora me doeu tanto...
Como será que ela está? Amando, será?
Eu estou aqui, nessa solidão que procurei
Pra mim...nunca mais abro esse baú...
Dói tanto!


José João
20/11/2.017


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