Em orações, que nem sei se são ouvidas,
Em solene contrição, joelhos postos ao chão
Peço com a humildade daqueles que sabem chorar
Que não me tire, Senhor, meu direito de sonhar
Que por mais dolorida, ou mais triste seja ainda
Deixa em mim essa saudade, mesmo em pranto
Que com ele a alma inunde o mundo, inunde tempo
Mas que o faça em mim, verdade a meu contento
Os sonhos que mesmo em lágrimas molhados
Haverei ainda de sonhar e que não me seja negado
O direito de fingir que todos a mim foram legados
Por momentos que a alma tanto insiste ter vivido
E que nenhum em mim, jamais se faça o derradeiro
Pra que nunca ela saiba, o último ou o primeiro
José João
12/12/2.016
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