sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Nunca mais fiquei sozinho

Quando a solidão fazia festa em mim,
Quando calava meu pensamento e minha voz
Para fazer-se única... tudo era tão triste...
E eu... tão só, caminhando pelos vazios
De caminhos que se faziam apenas veredas,
Onde lugar nenhum era um lugar para chegar.
Apenas lembranças perdidas, sonhos mortos
E um gemido como se fosse um canto, iam comigo,
Cantarolando uma canção que nunca tinha fim,
Um dia, um anjo, desses anjos que do "nada"
Entram em nossa vida, se aninham na alma,
Fazem afagos, nos tomam pelas mãos
E carinhosamente nos ensinam a viver e amar.
Nos tiram o medo, nos lavam com o inocente
Prazer de nos fazer sempre mais amantes...
Mas depois... se vão, sem rastros, sem estradas
Mas ficam dentro de nós, não nos deixam...
E nunca mais me senti só, sempre esse anjo...
O que era solidão, hoje se faz saudade,
Não essa saudade triste que faz chorar...
Mas uma saudade risonha, que até as lágrimas
Enfeitam os olhos como crianças brincando
De ser feliz...

José João
02/12/2.016

2 comentários:

  1. Tem saudade que nos faz bem...
    Lindos versos, aliás, sempre é assim.
    Xero

    ResponderExcluir
  2. Anjos velam por nós, e nunca nos deixam, estão do nosso lado sempre. Abraços. Lindas palavras, sem palavras para descrever a alma...

    ResponderExcluir