segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Quando o amar é infinito, o tempo...

Verdades, mentiras, sonhos, confundem minha alma.
 E perdida, ela grita na noite, quando a solidão, sorrateira,
Chega escondida dentro de um adeus, que um dia,
Talvez muito distante, mas que a alma nunca deixou de ouvir,
Vem trazendo tristezas, angustias, e uma saudade doída,
Tão difícil de sentir, que os olhos, em plena escuridão,
Brilham, com as lágrimas chorando em silêncio esse sentir,
Que não passa, que até o tempo guarda, e o esquecimento
Se faz de demente para dizer que tudo aconteceu ontem,
E não sei, se pelo prazer de me ver chorar, ou por clemência,
Como se recordar fosse outra vez viver aqueles momentos,
Pudesse, mesmo entre prantos, ainda que com um sorriso
Triste, sentir ou sonhar, e brincar...brincar de viver
(Viver, eu bem sei, é mais importante que ser feliz)
Resto de pensamentos, sonhos caducos, pedaços rotos
De lembranças que nem se sabia que ainda existiam,
Saudade de carícias que nem foram feitas, de sorrisos
Que não foram dados, de palavras não ditas, tudo isso
Se faz história quando o vazio da solidão chega
E toma conta da gente...o tempo não é distância...
É só mesmo tempo...quando o amar é infinito


José João
09/11/2.015





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