A poesia me domina, é como fosse a mulher
Dos meus sonhos. A quem devo o milagre
De minha própria existência. Ah! Essa poesia!
Essa mulher inocentemente promiscua e sempre fiel,
Que me toma nos braços, escreve meus anseios,
Minhas saudades e angustias, que nas noites frias
Se debruça sobre qualquer papel a me ouvir, serena,
Calma, cheia de palavras e sonhos, tristes (as vezes)
Mas sempre puros, repletos de sentimentos,
Quase todos gritados pela alma e sempre verdadeiros.
Essa minha companheira que não consegue me ver
Chorar sozinho e, quase sempre em desespero,
Se faz mensageira dos meus desejos e vontades
E vai ao mundo procurando outros corações,
Para que eu, através dela, (da poesia) os habite.
Conhece todos os meus anseios, dores e carências,
Sabe dos meus momentos tristes, de solidão...
Escreve como ninguém minhas saudades...
Sabe de todos os adeus que disse ou que ouvi,
Sabe todos os meus segredos e comigo, se choro,
Chora com minhas próprias lágrimas.
José João
29/04/2.015
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