Ontem escrevi cartas para amores desconhecidos,
Para amores que senti saudade sem nunca te-los sentido,
Senti o sabor de beijos que nunca dei, abraços que não tive,
Ouvi sussurros me dizendo coisas que nunca ouvi,
E escrevi cartas e cartas, e enviei todas elas... todas...
Algumas foram escritas com lágrias e foram com o sonhos,
Outras escrevi com palavras perdidas, palavras soltas,
Que mais pareciam pedaços de pensamento que nem sei
Se pensei um dia. Mandei cartas pedindo perdão,
Por palavras que não disse, quando calei por medo de falar,
Outras iam falando do meu amor eterno, tanto amor...
Mas tanto infinito amor que só se sente em sonhos
Ou em pensamentos e na minha tristeza por não te-los sentido,
Mandei cartas reclamando de adeus que ouvi
E que até hoje me doem na alma, me fazem prantos,
Mandei cartas para endereços que nem sei se ainda
Existem, aquele do flamboyant dos dois corações,
Um deles era o meu, o outro...bem o outro deve estar
Em outro lugar que não sei, já talvez vazio de mim.
Não sei se as cartas chegaram, mas não importa...
Na verdade nem devia te-las escrito, voltou a saudade
E ficou essa dor tão doída dentro de mim!
José João
25/11/2.014
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