Meus sonhos! Ah! Esses meus sonhos! Ficaram mentirosos,
Enganam minha alma, se fazem ilusões cheias de coloridos,
Constroem momentos que existem só mesmo neles.
Mas talvez seja minha culpa. Permitir que a solidão,
A angustia e toda minha carência lhes escrevam os enredos,
Assim, talvez para enganar a dor, eles inventam histórias
Que a alma inocente se entrega, acredita e neles se deixa ficar
Até quando o tempo se cansa e grita que é tudo mentira,
Aí então o mundo se faz cheio de nada, se faz cheio de momentos
Vazios, sufocando no peito um grito que se faz soluço,
E vai ao mundo como se fossem lágrimas gritando a dor
Que os olhos choram em prantos num silêncio dolorido
Com o olhar perdido no vazio de um horizonte que perdeu a cor.
Uma saudade se faz forte, doída, como se fosse de sempre
Mas é apenas saudade que se fez pela dor da perda
De um momento que era simplesmente ilusão, mentira,
Que faz a alma ajoelhar-se no nada, pedindo que o tempo
Passe de pressa para a dor se fazer um passado distante,
Mas para o tempo, a dor é uma passageira sem pressa,
Amiga da saudade que chama a solidão, amiga da angustia,
Que espera a carência se fazer mais forte, para que os sonhos
Mentirosos, ilusórios se façam vivos e enganem a alma
Como agora fizeram com a minha.
José João
23/02/2.014
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