quarta-feira, 30 de abril de 2025

A eternidade de um... para sempre

Para sempre, poderia ser um beijo? Sim, um beijo!
Um beijo que continuaria vivo até além do tempo?
Ou seria um: eu te amo...  a ecoar até o infinito?
Para sempre!  O que seria esse... para sempre?
Seria levar um nome, como oração, muito além
Dos amanhãs? Será que seria um sonhar acordado?
Mesmo nas noites, na noite de amanhã, na de depois...
Todas as noites até ... chegar na eternidade...
Não nessa eternidade que nem reconhece o tempo,
Mas na eternidade de cada momento... de cada
Segundo que ficaria como marca eterna de vida!
Finalmente, alguém sabe o que seria: para sempre?
Seria um pedaço completo de vida que se vive
Num segundo infinito, quando se ouve: te amo?

José João
30/04/2.025

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Quem somos nós no espaço?

Não sei. Mas que existe um Deus, disso eu sei.
Há quem diga que somos poeira de estrelas,
Estrelas gigantes, imensas, que explodiram 
Pedaços de nós que... podemos ver ao vê-las?

Há quem diga que viemos de toscas amebas
Despejadas no tempo, hoje postas em altares.
Me ponho a pensar, finalmente quem somos?
 Com certeza, ainda assim, fruto de milagres

Acredito que somos um milagre mais perfeito.
Seria mais fácil para Deus, apenas transformar
Os homens dizem? Na natureza nada se cria...
Tudo se transforma, isso é apenas mudar, trocar

Deus é muito para fazer tão pequeno milagre!
O pó, se for das estrela, foram por ele criadas
A vida, em apenas um sopro!! Que maravilha!
Ele pode dar vida, criar, fazer crescer do nada. 

O que os faz desprezar tanto os feitos de Deus?
Se perderem em pensamento pobres e dispersos?
Em fazer der Deus, um simples transformador?
Eu acredito... é Deus, o arquiteto  do Universo

José João
23/04/2.025

Agora... lembro quem sou eu.

 Um outro dia esqueci quem sou, não fosse a poesia,
Até hoje, juro, ainda não teria lembrado de mim
Ela que se lembrou quem sou, disse o que eu fazia
Falou tão ternamente, disse mais ou menos assim,

Tu és aquele da gaveta mágica, que guarda as flores
Que guarda também saudades, pensamentos, ilusões
A gaveta do poeta, Lembra? Onde guarda estrelas,
Versos inacabados, tristezas, dores, cantos e orações

Onde guardas o tempo, o vento os sonhos doirados
Aquelas palavras em desordem, nem parecem poesias
A gaveta que só você sabe abrir com o toque do coração?
Onde estão guardados os beijos que nunca foram dados?

Você é aquele que pinta horizontes com a cor do pranto
Que se a dor é forte ri com os olhos... sorrisos fingidos.
Faz que a noite, se você quiser, componha versos e cantos
És esse poeta que deixa sonhos e solidão no tempo cerzido.

José João
22/04/2.025

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Senhoras palavras, hoje... se enganaram

 
As palavras saíram correndo loucas, alucinadas
Por acharem que ia escrever uma poesia triste
Correram e levaram com elas todos os sorrisos
Deixaram lágrimas, um adeus dito e mais nada

Mas coitadas delas, não havia tristeza em mim
Só um olhar triste lembrando uma saudade alegre
Uma saudade que logo logo se faria riso festivo
Iluminando rosto e alma em uma poesia assim

Escondi as lágrimas que as palavras deixaram,
Busquei sorrisos que ainda estavam guardados,
Um olhar risonho desses que trazem os recados

Vindos da alma dizendo: hoje não tem tristeza
Assim a poesia se fez, os versos não choraram
Então senhoras palavras, hoje... se enganaram

José João
17/04/2.025

terça-feira, 15 de abril de 2025

Confidências dos Flamboyants

 
Não sei porque os flamboyants falam comigo
Me mostram  suas flores vermelhas e alegres,
Falam da beleza natural em eloquente silêncio
Parece que há muito tempo já somos amigos

Suas folhas verdes e leves dançam ao vento
Num valsar sutil e solto como fossem plumas,
As flores parecem rir em contagiante alegria
Embalam-se com a brisa em terno movimento

Porque são tão meus amigos os flamboyants?
A ponto de me fazerem íntimas confidências?
E dizem que aos outros escondem as evidências.

Disseram que, como eu. gostam de estrelas cadentes
Se dizem parecidos nas suas fortes cores vibrantes
Até afirmam que por isso os chamam de flamejantes

José João
15/04/2.025


segunda-feira, 14 de abril de 2025

Bya tristeza ... tchau!

 Tristeza, o que você disse?! Que eu não posso ir?!
Pobre tristeza! Tão prepotente!, Fria e ridícula.
O sol vem vindo, o alvor do dia está chegando,
Os pássaros, despertos, batem as asas em alvoroço,
A brisa leve da madrugada balança os galhos
E as flores começam a ficar luzidias com o sol,
Balançam o orvalho das pétalas ao se espreguiçar,
A estrada, por elas perfumadas, convidam a ir
Até o horizonte, por sobre caminhos que o sol
Deixa sobre a água do rio que canta, num murmurar
Quase inaudível, mas cheio de ternura na voz,
Tudo pronto para uma poesia e tu, tristeza, a dizer
Que não posso ir e fazer versos cheios de mim? 
Deixar o pensamento voar nas asas do vento
Brincando de contar o tempo nos versos que faço?
De neles gritar o gosto da liberdade que tenho?
Caminhando leve, sem o teu peso, tristeza, e ir
Sem me preocupar com prantos, nem saudades,
Apenas fazendo versos que o tempo deixou ficar.

José João
14/04/2.025

Meus olhos podem chorar, sorrir, fingir ...

 As vezes... riem de mim quando minha voz cala
E deixa que os olhos gritem em fervoroso pranto
Toda a dor que a alma sente. As vezes riem de mim
Se digo que saudade, tem começo mas não tem fim

Não me importo, as vezes até eu mesmo rio de mim
Quando é muito a dor que o tempo me faz sentir
Tanta que a fonte do pranto seca, os olhos emudecem
Aí busco sorrisos desses que só existem no fingir

As vezes, coitados, riem comigo ao me verem sorrir
Dizem que é minha alma cantando versos de amor
Contando momentos que ficaram e que nunca esqueci

Rio-me, um triste sorrir, pelo que só eu sei sentir
Mas os olhos sabem chorar, emudecer ou sorrir
Com um choro de verdade, com o outro é só fingir

José João
11/04/2.025

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Como lidar com a saudade?!

 Como lidar com a saudade?! É tão simples,
Acreditem, eu a chamo, desde muito aprendi
Sentamos juntos e me entrego todo pleno a ela
Como velhos amigos, ela me conta o que vivi

Quando aprendi a senti-la, fabriquei lágrimas
Assim, como fossem rios a nascerem nos olhos
Procurei pintar o rosto com alegria e tristeza
A saudade que vem... não se tem tanta certeza

Na verdade. é muito melhor guardar o pranto
Uma vez, queria sentir saudade de só um beijo
Me vieram o beijo, um eu te amo, e um adeus
Aí o pranto se fez farto, aproveitando o ensejo

Não tivesse eu guardado o pranto, o que faria?
Onde teria lágrimas para buscar ou para pedir?
Como poderia desenhar no rosto tantas saudades?
Mas guarde um sorriso, as vezes é preciso fingir

José João
03/04/2.025

Saudade... é uma história que fica dentro da gente

Nas poesias que minha alma, tão carente, grita
Sempre me perco nas palavras e até nas rimas
Nunca sei como falar, como  escrever o pranto
Esse, que vem lágrima e depois se faz encanto

Minha alma chora as tantas saudades antigas
Algumas já incompletas, no tempo esquecidas
Me perco em busca-las sem nem saber onde ir
Não verdade, saudades, só sei chorar e sentir

Como escrever no papel o que só a alma sente?
Mostrar no rosto o que não tem forma nem cor?
Saudade é uma história que fica dentro da gente

É como viver outra vez o que se gostou de viver
É como se o tempo voltasse sem nunca ter ido
É fazer presente o que não pode ser esquecido

José João
03/04/2.025

terça-feira, 1 de abril de 2025

Que o mundo "ouça" os versos que escrevo

Minhas poesias, que bom! Vão soltas ao tempo
Embalando corações, indo por tantas páginas,
Por tantas vidas, usam-nas sem precisar pedir
Ah! Minha poesia, vai, o mundo precisa sentir

O canto do silêncio que já não sabem  ouvir
Outro dia, me escreveram com pedaços de mim
Muitos, alguns com prantos, outros com saudades
Expõem meus versos, talvez sejam suas verdades

Mas os versos vão por aí, nem se importarem mais
Se são lidos com a alma ou só escritos no papel
É de mim que saem como orações indo para o céu

Nas páginas que não são minhas, os versos tímidos,
Esses que escrevo com minhas dores e meus prantos
Se fazem vivos, ardentes, por minha alma paridos

José João
01/04/2.025