Indo ao tempo, sem pressa, por apenas ir, sem rumo,
Caminhante silencioso, sem voz, perdido e sem rota
Vou cantando modinhas que ninguém nunca ouviu
Não importa minha roupa rota, já que vou sem rota
Na direção do horizonte, vou indo, minha voz sem eco
Andarilho, a canção pendurada no peito, roupas rotas
Pés descalços, brincando de confundir quem me ouve
Não importa se ando sem rota, nem minhas roupas rotas
Canto canções que o vento ensinou e só eu sei cantar
Banho no orvalho da madrugada mesmo com roupas rotas
Mudo a rima se for preciso, faço versos com palavras soltas
Indo sempre, na liberdade do caminhante que vai sem rota
Vai contando estrelas, pulando porteiras, regando jardins
Na certeza, por ser andarilho, não se fechará nenhuma porta
José João
01/12/2.024
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