Faço do pranto, palavras a serem gritadas no olhar,
Nas rugas do rosto, mostro as histórias que já vivi
E no silêncio, me entrego todo a apenas me ouvir
Me conto histórias que o tempo permitiu ficar,
Detalhes de momentos que se fizeram de saudades
Palavras que a voz disse em quase mudos sussurros
Como se dizer o que sente a alma não fosse verdade
Assim me entrego ao tempo e vou costurando versos,
Alinhavando pedaços de mim em poesias incompletas
Cerzindo partes da solidão em fragmentos de tristezas
Tentando de pedaço em pedaço fazer a vida completa
Vou buscando entre os soluços antigos, suas histórias
Assim vou lembrar por quais delas fui obrigado chorar
Se ficaram perdidas no tempo ou apenas esquecidas
Para que, nas poesias, eu possa pedaços de vida, bordar
José João
26/09/2.023
Poema deslumbrante. Simplesmente brilhante.
ResponderExcluirCumprimentos poéticos
Obrigado
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