Nas margens não haviam flores nem o canto dos passarinhos
As pedras doíam nos pés, as heresias eram faladas, gritadas
Os suspiros eram ouvidos e as orações não eram mais rezadas
Havia me perdido num caminho sem rumo e sem horizontes
ó se ouvia o eco do grito silencioso e aflito da saudade
Que se perdia no tempo chorando, esquecida de si mesmo
E, sentada no tempo, a solidão não escondia a ansiedade
Distante, uma musica como fosse uma sinfonia sem maestro
Voava lenta como se não quisesse ser ouvida por tão triste
E a alma chorava um pranto que só agora soube que existe
Havia me perdido quando, de repente um grito, como luz
Me fez ouvir com os olhos que já se faziam brilhar em pranto
Aí, a saudade sorriu e entregou-se a mim com todo seu encanto
José João
18/09/2.023
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