quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Um quase sem por do sol.

Lá no horizonte, um horizonte que a gente quase alcança,
O sol brinca de esconde-esconde com uma nuvem criança
(que nasceu agora a tarde), ou talvez, quem sabe, esteja
Se embelezando para um lindo se por? Só que minha alma
Ansiosa e cheia de saudade se alvoroça toda, se senta lá,
Bem alto, numa brisa que vem brincando com o mar
Desde não sei onde. E o sol?! Brincando com a nuvem
Que insiste em ficar, que insiste em se fazer parte
Do por do sol (acho que é o primeiro dela dado a teimosia)
O vento chega, tenta empurra-la e ela ... nada,
Insistiu em se fazer história, em se fazer pintura,
E o sol, por respeito ou...até mesmo carinho, apareceu
Timidamente por trás da nuvem, saudou o mar,
Até uma estrela em descabido estar, acho que saudou
Até minha alma com uma "piscadinha" (eu a senti
muito eufórica). Tentou desenhar um caminho no mar,
Desses "caminhos" que fazem o pensamento voar,
Deixa um olhar demente e um vazio sem pensar...
Mas minha alma, atrevida, cobra e cheia de saudade
Diz: Nuvem, amanhã não venha, quero meu caminho
Feito de por do sol para poder...sonhar e... voar.

José João
22?02/2.017


Nenhum comentário:

Postar um comentário