quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

As vezes não sei nem de mim.

As vezes não sei o que me falta...nem o que procuro,
Percorro caminhos num vadiar solitário e demente,
Ouço o silêncio, as vezes grita coisas que não entendo,
Outras vezes me martiriza com o vazio de um nada,
Tão silencioso que ouço o gemido da alma
Soluçando saudades que não sei, de tão descabidas.
As vezes me conto histórias que nem sei se são minhas,
Mas que preciso ouvi-las para me sentir gente, vivo
A recordar momentos que parece nunca tê-los vivido.
Não sei esta tanta falta, essa tanta ausência que sinto
E não sei de quê. Uma carência do que nunca vi,
De quem não sei nem se existe. Não sei se é saudade,
Mas se for é mais doída de todas as que senti
Por não ter um rosto, um momento que me lembre
Que agora tenho o direito ou a sorte de senti-la.
Amar, amei... e tanto que até a alma chama um nome
Quando me convida para chorar. Mas essa falta
Que sinto agora,,, não sei... mas dói.


José João
02/02/2.017



Um comentário:

  1. Perfeita!! Saudades de algo que se viveu e não se sabe, e se sabe fingi-se não saber, é mais suave enganar-se que desiludir-se, é fácil sonhar que viver.

    Bjs na alma

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