Há quem diga que a solidão é má, até cruel,
Que deixa o tempo vazio sem nada para ver ou sentir,
Deixa a alma demente chorando convulsivos prantos
Em tão dolorido chorar que a própria tristeza
Se apieda por tanta dor. Assim dizem da solidão.
Nas noites, também dizem, ela faz as horas lentas,
Faz o sono perder-se por entre pensamentos vazios,
Os sonhos se fazem apenas pedaços de momentos
Que ficaram sem história sem mais nenhum dizer.
Ah! Essa solidão! Só entende quem com ela vive,
Não por momentos, por adeus ditos em palavras,
Mas por perdas sentidas desde de dentro da alma.
Pra mim, a solidão, coitada, não é o que dizem,
Eu a sinto bem mais carente que mesmo triste,
Sempre a entregar-se plena, submissa à vontade
De quem chora, muda, no silêncio do seu dever
De apenas ouvir. Se faz companhia, se faz tempo,
Se faz mundo, como se ela, a solidão, tivesse
Medo de ficar só. Ela não existe se não houver
Alguém para senti-la. Nos completamos e assim...
Povoamos um mundo só nosso, ela só me ouve...
Atenta, sem nunca fazer julgamentos de mim
José João
02/10/2.016
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu me atrapalhei toda, Joao!! Coloquei um comentário na poesia errada kkkk mas mudando de assunto, sua descrição da solidão nos leva a senti-la como uma velha amiga, como se fosse dia de preguiça debaixo de uma palmeira, confidente perfeita pelas madrugadas. Cheguei a apreciá-la e vê-la agora com bons olhos. Há quem se desespere com a solidão, e há aqueles, os grandes, que aprendem a construir pontes. Um abraço na alma, poeta.
ResponderExcluirEu me atrapalhei toda, Joao!! Coloquei um comentário na poesia errada kkkk mas mudando de assunto, sua descrição da solidão nos leva a senti-la como uma velha amiga, como se fosse dia de preguiça debaixo de uma palmeira, confidente perfeita pelas madrugadas. Cheguei a apreciá-la e vê-la agora com bons olhos. Há quem se desespere com a solidão, e há aqueles, os grandes, que aprendem a construir pontes. Um abraço na alma, poeta.
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