Uma vez perguntei ao tempo porque a dor
Da saudade dói tanto?! E porque ele, o tempo,
Quando mais forte é a dor, mas lento fica,
Faz as noites se arrastarem sem pressa,
Como se as horas não quisessem passar.
Perguntei, por que ele, infinito e eterno,
Dono do esquecimento, se faz tão pequeno,
Se faz tão pouco, quando a saudade
Entra e comodamente ocupa a alma.
Porque se faz vazio, quando um adeus,
Daqueles que dói mais que qualquer dor,
Se faz uma angustiante e dolorida agonia,
Trazendo para ainda hoje uma dor
Que se julgava morta, mas se faz de sempre.
Sem respostas o tempo passeou entre
As horas, resmungou em silêncio
O que não pude ouvir e continuou lento
Como se zombando de minha dor.
Aprendi assim, que o tempo é tão pouco
Quando o amor, a cada instante vivido,
Em cada um deles, se faz tanto que se faz eterno,
E ainda vive na infinitude de um adeus,
Com outro nome...saudade.
José João
16/04/2.016
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