quarta-feira, 27 de abril de 2016

Nunca vou saber se...

Hoje me percebi lembrando coisas esquecidas,
Vieram com o perfume do passado, com o gosto
De saudade, vieram como fossem notas musicais,
Moldando a alma, para sentir a beleza do que o tempo
Guarda, quando a ternura do existir se faz maior
Que o esquecimento e está muito além da razão.
Velhos sonhos quase caducos, alguns ainda tristes
Por não terem passado de apenas sonhos...outros...
Apesar da idade, ainda risonhos por terem se feito
Verdades, até aqueles que se molharam em prantos.
Mas o mais doloroso foi um arrependimento
De um não ter feito que me chegou de repente,
Nunca envelheceu, parece até ser de ontem
Fazendo a saudade ser mais cruelmente doída 
Por nunca ir além de ser essa dúvida atroz,
Que machuca, que fere a alma, e a tristeza maior,
É saber que se fará para sempre, como cicatriz
Que não sara nunca, que fica fabricando angustias.
Como dói o não ter feito, o não ter tentado!
Talvez essa dor de agora, nem mesmo fosse dor.

José João
27/04/2.016




Nenhum comentário:

Postar um comentário