sexta-feira, 1 de maio de 2015

Um vasto deserto triste.

Quantas vezes acordei com os olhos gritando de alegria,
Uma alegria que as palavras jamais diriam.
Com o coração batendo inocentemente descompassado
Pela tanta emoção, que seu pulsar se fazia voz,
Contando para a alma o milagre de amar...amar.
Quantas vezes acordei com um gosto de paixão na boca,
Com o gosto de primavera, por ser muito pouco
O gosto de apenas uma flor. Ah! Minhas noites!
Eram vividas em verdades como se fossem sonhos,
Os mais belos sonhos que se pode sonhar ou...viver.
Não existia insônia e nem vontade de dormir...
A razão se perdia na incoerência de uma entrega
Onde os corpos se faziam pequenos pedaços da alma
Numa entrega divina, sem pecados, sem medos...
Cheios de uma ternura que nem a vida sabia explicar.
As manhãs, cobertas de sol, despertavam  alegres,
E um doce gargalhar da brisa, nas folhas úmidas,
Dava um sorridente bom dia...pra nós dois
(silêncio, olhar demente perdido no tempo,
algumas lágrimas teimosas)
.........................................................................
...hoje meu coração é um deserto, sem nenhuma 
Planta pra nascer


José João
01/05/2.015

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