sexta-feira, 29 de maio de 2015

Quando não há mais o que fazer

Sentado em frente ao por-do-sol, do mais triste,
Cansado pelo peso da angustia, sentado na tarde,
Buscando sonhos que já morreram, ou se perderam,
Entre os caminhos sem volta que o tempo deixa
Quando a ausência se faz dor, e os momentos,
Se perdem nas lembranças agora tão distantes.
Quando o peso da solidão se faz maior que a saudade,
E os olhos, por desejo da alma, se umedecem
Num brotar de lágrimas como tímida fonte a fazer-se
Nascer no lacrimejar inocente de um puro chorar,
Que em silêncio, se faz desesperada oração...
Quando tudo isso acontece...não há de se pedir
Piedade, nem clemência...não há de se pedir perdão,
Há de se deixar chegar a loucura da vontade de ir,
Sem rumo, para qualquer lugar, em vã tentativa
De fazer passar essa dor que nunca passa,
Ou ficar, como se nenhum lugar existisse mais...
E ser apenas cativo de um caprichoso destino.


José João
29/05/2.015




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