Aquele adeus, que quase o silêncio não me deixou ouvir,
Que foi dito baixinho, em sussurros, em palavras
Quase mudas...ah! Quanto te foste, que a solidão
Se fez meu espaço...aquele adeus se fez grito...
Tão estridente, que o eco voou entre os sonhos,
Preencheu tua ausência e saiu me levando ao tempo,
Sem chão para pisar, sem ar para respirar,
E quase sem vida para viver. Me vi perdido
Entre os nadas, dentro dos vazios mórbidos
Que só a dor, por uma perda infinda, se faz viva.
Perdi os passos, tropecei na ansiedade de ir
Para qualquer horizonte, sem que tua saudade
Fosse comigo, sem que tua ausência me seguisse,
Me tomasse, me invadisse como pedaço de mim.
Meu caminho se povoou de angustias, a tristeza
Me tomou pelas mãos, pela alma e se fez prantos,
Que como luzidias pétalas caiam ao chão,
Brincando de fazerem rastros para que a solidão
Não se perdesse de mim. Assim, o único lugar
Que encontrei para ficar, foi dentro da ausência
Que me deixaste.
José João
21/05/2.015
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