Estou só. A solidão me grita como louca,
O silêncio ouve minha alma soluçando triste
A sensação de se sentir sozinho, a carência,
De pelo menos um sonho para sonhar... dói tanto,
Que nenhum pranto consegue aplacar essa dor.
Corro desesperado no tempo, a alma se ajoelha e chora,
E aos prantos pede que pelo menos um pedaço,
Um pedacinho de ti, seja trazido pela madrugada,
Que vem chegando com o perfume do alvorecer do dia
Que parece ser o teu. Ouço o tempo se arrastar na noite,
Lento, como se não quisesse ir, como se preferisse me ver
Curvado sob o peso da dor que tua ausência faz.
Todas as esperanças foram embora, ficaram perdidas
Em estradas vazias por onde passei. Ah! louco destino!
Escrito por um poeta triste, em que sua rima mais perfeita
Rimava versos inacabados de amor, com versos completos,
Repletos, cheios de dor. Assim, enfeito minhas noites,
Pinto o silêncio com a cor da saudade, faço a solidão declamar
Poemas vazios com palavras soltas, deixo a alma vestir-se
Em pedaços de sonhos sem forma e de lembranças rotas.
José João
04/05/2.014
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