Estradas perdidas, passos apagados pelo tempo...
Lembranças quase mortas chorando perdidas no nada,
Nesse vazio que o esquecimento faz questão de deixar,
Mas o pensamento insiste, teimoso, em buscar pedaços
De mim, dos momentos que vivi e que insistem em ficar.
Lembro dos meus segredos inocentes, meus desejos,
Meus sonhos de jovem sorrindo entre minhas verdades
E fazendo parte delas. Lembro meu silêncio escondendo
Meus segredos, minhas lágrimas brincando nos olhos
Por saudade tão criança que só durava até um outro olhar
Quando, outra vez, meus olhos brilhavam, o peito gritava
Aquela paixão que se fazia verdade, ou outro sonho.
Meus medos. Ah! meus medos! Tão grandes, tão maiores
Que eu, quase me sufocavam, me faziam calar. Medos,
Hoje rio deles, quem me dera hoje fossem os mesmos.
Ah! Como não sabia o que era sofrer!
Hoje, meus prantos são tão reais como é a saudade,
Como é essa tristeza que pego com as mãos e ponho
Nos olhos. Hoje, sofrer é mesmo viver...ah! Sofrer
José João
31/05/2.014
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