sexta-feira, 9 de maio de 2014

Não há nada... além de ti

Me perdi na forma sutil da tristeza se fazer solidão,
E assim fiquei, parado no tempo, cercado de saudades
Que se faziam dor, e vãs, eram as tentativas de esquecer
O que há tanto já havia se feito passado, assim pensava.
Tudo voltava em fragmentos vivos, pedaços de sonhos
Cresciam no tempo, ficavam como se fossem de agora,
Verdades de ontem, que mais aumentavam a dor.
Até os olhos iam buscar imagens perdidas,
Imagens que o tempo deixou ficar, tão fortes se fizeram
Que se deixaram ficar grudadas na alma como cicatrizes
Mal saradas, que qualquer pequena lembrança pode reabrir,
Tornar outra vez dolorida ferida, como a que se abriu agora,
Por toda essa descabida saudade que sinto, e me vem,
Até ao ouvir um nome parecido com o teu,
Aí tudo começa outra vez. As lágrimas brincam nos olhos,
A voz se faz reticente, o olhar se perde no nada,
O suor escorre na fronte como se fosse copioso pranto
Que a alma chora sem ter medo de se mostrar chorando...
E tudo fica como se nada pudesse ir além de ti.

José João
09/05/2.014

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