Para que por ela saiam meus gritos e angustias.
Deixa que o sangue flua a borbulhar no tempo
Chorando minhas dores, pecados e tormentos
Deixa que me perca na escura solidão da noite
Onde meus soluços cheios de ti se fazem rastros
Como eco do silêncio indo por paisagens mortas
Voando com sonhos rotos, restos... como trapos
E quando minha voz se fizer um murmurio triste,
Cheia de reticências nas confusas palavras ditas
Pela vontade moribunda de ainda te falar de amor
Haverás de ouvir da alma esse meu louco clamor
Mesmo num gritar silencioso, mudo e sem calor
Quando a vida é seduzida pela promessa de eternidade
Onde a noite faz adormecer olhos que já não veem
Ainda assim serás a minha mais doce ilusão e verdade
Hei de eternizar cada momento como poesia viva
Que deixo como legado de tudo que contigo vivi
Tu sem saber de minha insignificante existência
E eu vivendo cada instante como se fosse pra ti.
José João
17/01/2.014
Meu querido amigo
ResponderExcluirHá momentos que tocam suavemente a alma...que acariciam ternamente o olhar e que nos levam para outro tempo por dentro dos labirintos da lembrança...onde se guardam momentos de doce magia que eternizamos dentro de nós.
E este foi um desses momentos...Obrigada por este belo poema de um poeta IMENSO.
Um beijinho com carinho
Sonhadora