Hoje minha saudade está maior que sempre,
Meus olhos gritam desesperados nas lágrimas que choro,
Minha voz se perde no silêncio de mim,
E as palavras se fazem poucas para dizer dessa dor
Que me invade, me toma e me deixa na demência
De nada ser. Hoje sou naufrago de um mar bravio
Sem a rota das estrelas e sem porto para chegar.
Apenas um naufrago que sem rumo vai a esmo, ao léu.
Acreditar num caminho é mentir para a alma,
Que agora se faz peregrina, buscando rastros
Por onde apenas a solidão aprendeu a andar.
Já nem sei se é saudade essa tanta dor de agora,
Essa vontade de correr sem nenhum lugar para ir,
Essa vontade de gritar sem ter força, sem ter voz.
Essa vontade descabida de chorar, sem querer chorar.
É um ardor no peito como se as lágimas começassem
A chorar desde lá, já não se importassem em chegar
Aos olhos, como se mais perto do coração
Elas expressassem mais a dor que choram.
Parece até que a saudade de sempre quer se fazer
Sentir toda hoje...ou talvez pense que hoje...
...Seja sempre.
José João
02/01/2.014
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