Estranha essa minha vontade de não-sei-o-quê,
Essa ansiedade de buscar não-sei-onde
O que não sei dizer, não sei nomear, só sei sentir.
O ar se faz denso em minha volta, meus olhos,
Como andarilhos em desespero, correm por estradas
Onde nem teus rastros estão. Minha voz se faz
Reticente...entre chorar e sussurrar palavras
Que se perdem nas tantas dores que sinto agora.
Tento chamar teu nome, mas vêm os soluços,
Rompem meu peito e se vão ao tempo, perdidos,
Como eco mudo de gritos que não foram gritados.
Ah! Essa vontade! Essa ânsia que se faz loucura,
Que vai buscar momentos que ainda não vivi,
Mas que parecem foram contigo, Ah! Que saudade!
Saudade dos beijos que não te dei,
Dos olhares que não me permiti te dar, das caricias
Que não trocamos, das palavras que não disse.
Se pudesses ouvir agora o que fala minha alma,
O que em desespero e sozinha ela grita a esmo,
Talvez essa ansiedade louca, se fizesse...
Uma doce saudade de ti.
José João
04/01/2..014
Belíssimo poema!
ResponderExcluir