Sou a sombra que vive dentro de tua ausência,
Perdida nos escombros deixados por um adeus
Que o tempo cuidará de deixar como se agora
Fosse sempre. Não sei mais de mim.
Devaneios, sonhos, vontades, tudo, perdidos no vazio
Que, voraz, engole todos os instantes que foram vividos.
Tudo se faz tão pouco, tão nada, que até a solidão,
Em dúvida, pergunta se esta dor é só mesmo uma dor
De adeus ou uma dor da saudade de mim.
Teu adeus me deixou assim, em pedaços, fragmentos,
Levados ao tempo como versos incompletos
De poesias onde a rima se escondeu entre as palavras
Que não puderam ser ditas, por que o silêncio
Se fez mais forte, se fez tanto, que os versos morreram,
Ainda criança, dentro da inspiração moribunda
Que agonizava triste lamentando não saber fazer
Poesia para tanta dor, para um adeus tão dolorido.
Não sei como serão o meus dias sem ti! Tristes!
Vazios! Sem a beleza de teu sorriso se farão
Apenas mais um dia, e os amanhãs!?...
Se farão pedaços de tempo bons pra se chorar.
José João
18/01/2.014
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